terça-feira, 30 de abril de 2013

Lisbeth Lima

Lisbeth Lima de Oliveira é membro da União Brasileira de Escritores/RN, nasceu em João Pessoa, na Paraíba no ano de 1963. Formou-se em Jornalismo, fez especialização em Língua e Literatura francesa, mestrado em biblioteconomia, Especialização em Literatura Brasileira do século XX e atualmente doutorado em literatura comparada na UFRN. Obras publicadas: Dormência (2002); Felice (2004); Romã (2008) e Vasto (2010).

Santos (Lisbeth Lima)




A casa era de terra batida. 
No jardim, boninas, beneditas e beijos. 
Sinônimo de flores constantes. 

Na cozinha, que também era sala e quarto, 
cheiro de charque e farinha. 

Na cama, que também era sofá e mesa, 
uma colcha de retalhos e uma boneca preguiçosa. 

Naquela casa só os santos tinham lugar certo: uma casinha de madeira. 
Pequenininha e também super povoada. 


(Lisbeth Lima. In: Dormência, 2002)

Jasmim (Lisbeth Lima)




Tem amor que nasce 
feito jasmim selvagem, sem ser plantado, 
mas que não recusa seu cheiro aos que não cuidam 
De podá-lo, aguá-lo, fazê-lo crescer. 
Difunde assim mesmo seu perfume. 

E na branquidão de suas flores 
- menores que seus espinhos - 
exalam numa só noite 
toda a sua existência.  

(Lisbeth Lima. In: Felice, 2004)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Vitória Lima


A poetisa Maria das Vitórias de Lima Rocha, vulgo Vitória Lima, pernambucana radicada na Paraíba, autora de Anos Bissextos (1997) e Fúcsia (2007), ex-moradora de Campina Grande, residente hoje na capital da Paraíba, onde obteve a condecoração de cidadã pessoense concedida pela Câmara de Vereadores de João Pessoa. É graduada em Letras (Inglês e Português) pela UFPB, possui mestrado em inglês pela Universidade de Denver Colorado dos EUA, e em Estudos Shakespearianos pelo Shakespeare Institute, Universidade de Birmingham da Inglaterra. Professora universitária, já lecionou literatura na UFPB e UEPB. (SOUZA & ALVES, 2012)

Mulher (Vitória Lima)


redesenhada por hábeis cirurgiões, 
não evitava o olhar já vivido, a melancolia 
de quem não pôde operar os desgostos.” 
Rosiska Darcy de Oliveira 

anáguas, 
anquinhas, 
crinolina, 
corpete, 
cinturita, 
espartilho, 
bico fino, 
salto alto, 
estilete, 
(joanete) 

desmaios 
agonias 
(ai, meus sais!) 

anorexia, 
bulimia, 
aeróbica, 
botox, 
cera quente, 
lifting, 
peeling, 
forno, 
lipo, 
máscara, 
silicone. 

ontem: 
mulher objeto. 

hoje: 
escamoteável. 

(Vitória Lima. In: Fúcsia, 2007.)

Manhãs de Novembro (Vitória Lima)



a beleza desta manhã de novembro 
a t l a n t i c a m e n t e 
me inunda 
com seus verdes, 
amarelos, 
azuis.


(Vitória Lima. In: Fúcsia, 2007.)

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Amneres


Embora a poetisa viva há algum tempo da capital do Brasil,
sua obra possui ainda muito diálogo com seu estado de origem.
Amneres é natural de João Pessoa, mas atualmente reside em Brasília. Possui graduação em Comunicação Social e em Letras pela UnB. Além de poetisa, a autora é funcionária pública com vínculo empregatício na Câmara dos Deputados exercendo a função de jornalista e apresentadora da TV Câmara. A sua obra caminha entre o verso e a prosa, sendo que a maioria dos seus livros é de poemas. Seguindo a ordem cronológica de publicação estas são suas obras: Pedro penseiro (novela, 1980); Emquatro (coletânea de poemas feita com mais outros autores, 1985); Humaníssima trindade (poemas, 1993); Rubi (poemas, 1997); Razão do poema (poemas, 2004); Entre elas (poemas, 2004); Eva - poemas em verso e prosa (poemas, 2007); Diário da poesia em combustão (poemas, 2010); 50 crônicas de Brasília (crônicas, 2012). Blog: <http://www.poesiaemtemporeal-amneres.blogspot.com.br/>.